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Fatos Úteis[]

  • A hipotenusa é sempre maior do que o cateto.
Definiçãotriânguloretângulo
  • Seja é um triângulo. Então é maior do que se, e somente se, .
Maiorladoseopoemaiorangulo
  • (Desigualdade triangular) Em um triângulo, a medida de um lado é menor que a da soma dos outros dois. De modo equivalente, se há três pontos no plano, eles estão alinhados se, e somente se a soma das duas menores distâncias entre eles é igual à terceira distância. Caso contrário, a soma deve ser maior.
  • e . Você pode saber mais sobre trigonometria aqui.
  • Em um plano, o menor caminho entre dois pontos é uma reta.

Exemplo (OBMEP 2010 - 2ª Fase - Nível 3)[]

OBMEP 2010 N3Q6

Uma formiguinha fez um passeio em um plano que contém dois pontos fixos e . O gráfico em linha cheia representa a distância da formiga ao ponto , em função do tempo, entre os instantes e ; o gráfico em linha tracejada dá a mesma informação com relação ao ponto . Por exemplo, no instante a distância da formiga ao ponto era 5 e ao ponto era 3.

a) Em que instantes a formiguinha se encontrava à mesma distância de e de ?

Solução: Basta encontrar os instantes em que os dois gráficos se intersectam: são os instantes e .

b) Qual é a distância entre e ?

Solução: No instante , a formiguinha dista 0 do ponto e dista 4 do ponto , ou seja, ela está no ponto e sua distância ao ponto é 4. Isso significa que a distância entre e é 4.

c) Em que instantes a formiguinha estava sobre a reta que passa por e ?

Solução: Vamos chamar de o ponto da formiguinha. Para que esteja na reta , a desigualdade triangular não pode valer no triângulo , ou seja, das distâncias , e , as duas menores devem ter soma igual à maior. Como pelo item anterior, a desigualdade deixa de valer sempre que ou . Isso acontece quando e também quando .

d) Qual foi o comprimento do trajeto percorrido pela formiguinha entre os instantes e ?

Solução: Vamos monitorar o que acontece com o trajeto da formiguinha:

Em , , o que significa que está no segmento . Ela começa o trajeto no ponto , e se move até o ponto em que e .

OBMEP 2010 N3Q6 A


Em , aumenta enquanto é sempre igual a 3, o que significa que está se movendo num círculo de centro e raio 3, se afastando de .

OBMEP 2010 N3Q6 B


Até que, no instante final , a desigualdade triangular deixa de valer novamente e , o que significa que finalizou seu trajeto na reta , sem se aproximar novamente de , ou seja, o final do trajeto foi um semicírculo completo de centro e raio 3.

OBMEP 2010 N3Q6 C

Assim, o comprimento do trajeto que a formiga andou foi .

Exemplo[]

Prove que a distância entre quaisquer dois pontos que estão no interior ou na fronteira de um quadrado de lado é menor ou igual a .

Solução: Considere este quadrado e e estes pontos. Considere uma reta paralela a passando por e uma paralela a por . Tome a intersecção entre e . Observe que o triângulo é retângulo em e que e são ambos menores ou iguais a .

Se aplicarmos o teorema de Pitágoras no triângulo , então

Exemplo (OBM 2018 - Nível 3)[]

Dizemos que um polígono está inscrito em outro polígono quando todos os vértices de pertencem ao perímetro de . Também dizemos nesse caso que é circunscrito a . Dado um triângulo , sejam o máximo valor do lado de um quadrado inscrito em e o mínimo valor do lado de um quadrado circunscrito a . Prove que, para todo triângulo , vale a desigualdade , e encontre todos os triângulos para os quais a igualdade ocorre.

Solução: Relacionar os lados dos quadrados diretamente é quase impossível, então vamos tentar relacioná-los com os elementos do triângulo no qual eles estão inscritos ou circunscritos.

Vamos começar pelo quadrado inscrito. Como um quadrado tem quatro vértices e tem três lados, pelo Princípio das Casas dos Pombos, dois dos vértices do quadrado estão no mesmo lado de : vamos chamar esse lado de (sua medida também será ). Como o quadrado tem lados opostos paralelos, o triângulo formado pelo lado do quadrado paralelo a que não coincide com ele com os dois outros lados de é semelhante a . Como há perpendiculares envolvidas, é bom traçarmos a altura relativa a , cuja medida é .

Obm2018n3p1 A

Dadas as medidas da figura, com a semelhança, podemos formar a seguinte proporção:

Usando a propriedade de que , ficamos com:

Com a última igualdade, ficamos com:

Isso é bom, mas podemos fazer melhor. Quando formos analisar um quadrado circunscrito a , será complicado inserir a altura na figura, também porque nem sabemos qual será o “lado ”, então precisamos de algo mais “geral”. Felizmente, esse nos dá uma dica: a área do triângulo é ! Dessa forma, se chamarmos a área de de , ficamos com:

Ainda não tiramos a altura da nossa expressão. A desigualdade que queremos provar pode ser reescrita como , então precisamos envolver tanto quanto numa desigualdade. Como sabemos que e temos , temos o valor do produto e queremos uma desigualdade que envolva a soma... é a Desigualdade das Médias! Observe que:

E também que, pela igualdade que obtemos com , temos que:

Ou seja:

Ótimo! Temos que é menor que ou igual a alguma coisa. Antes de atacar o caso do quadrado circunscrito, podemos voltar à desigualdade do enunciado, e ver que queremos provar que:

Ou seja, se provarmos que:

Que é o mesmo que:

Provaremos a desigualdade do enunciado. A desigualdade acima se traduz para “a área do quadrado é maior ou igual ao dobro da área de ”, ou, em outras palavras, “a área de é no máximo metade da área do quadrado”. Vamos ver se conseguimos provar isso!

Se há dois vértices de em um mesmo lado do quadrado circunscrito, fica evidente que sua base - formada aqui pelos dois vértices no mesmo lado - e a altura relativa a essa base são ambas menores que ou iguais a . Assim, sua área será menor que ou igual a , então temos que nesse caso.

Obm2018n3p1 B


E quando todos os pontos estão em lados distintos? Nesse caso, há dois pontos em lados opostos: vamos chamar esses dois de e , enquanto o terceiro ponto é . Como acharemos a área desse triângulo?

Obm2018n3p1 C


Podemos dividi-lo em triângulos menores! Se projetarmos sobre o lado oposto do quadrado em , e marcarmos como a interseção de e , a área de será a soma das áreas de e . Eles têm o lado em comum, então faz sentido calcular a área por ele: se e forem as alturas de e relativas a , então:

Como e :

Ou seja, , como queríamos! Donde segue que .

Para determinarmos quando a igualdade ocorre, basta observar que:

Então, a igualdade ocorrerá quando:

Em outras palavras, a área de deve ser metade da área do quadrado circunscrito, o que ocorre somente quando .

Obm2018n3p1 D

Exemplo[]

Na figura a seguir, vamos chamar de a circunferência. Considere .

Ângulos na circunferência e desigualdades

A partir de agora, vamos considerar apenas os pontos que estão do mesmo lado que em relação à reta . Sabe-se que se for um ponto qualquer de (lembre-se estamos do mesmo lado que ), então . Mas você já se perguntou o que acontece se estiver no interior de ? E se estiver na parte de fora? Vamos brincar com isso:

(a) Se é um ponto interior à circunferência, prove que .

(b) Se é um ponto fora da circunferência, prove que .

Solução:

(a) Vamos supor que esteja no interior do ângulo . Caso ele não esteja, pegue outro ponto na circunferência tal que esteja no interior de . O raciocínio será o mesmo. Considere um ponto na reta de forma que esteja entre e . Repare que . De fato,

Analogamente, . Desta forma,

(b) Considere no interior do ângulo . Caso contrário, basta tomarmos que esteja na circunferência e no interior de e o raciocínio será o mesmo. O restante do problema segue de modo análogo ao que fizemos no item (a): basta provarmos que .

Exemplo (OBM 2001 - 3ª Fase - Nível 2)[]

Dado um inteiro positivo demonstre que existe um número finito de triângulos de lados inteiros , e e altura relativa ao lado igual a .

OBM2001p2
Obm2001q3

Solução: Consideremos , , e os vértices e e as medidas conforme a figura. Observe que, se tivermos os valores de , e , podemos determinar os valores de , e . Com isso, se provarmos que existe uma quantidade finita de valores que e podem assumir, resolvermos o problema (pois aí existe uma quantidade finita de valores para , e ).

A estratégia será a seguinte: provaremos e são inteiros e limitados por algum valor. Disto segue que existe uma quantidade finita deles.

Comecemos mostrando que e são limitados. Se aplicarmos o teorema de Pitágoras nos triângulos e ,

.

Vamos mexer com a igualdade , pois a equação é análoga. A partir da primeira equação, podemos encontrar uma desigualdade envolvendo e ? O que sabemos sobre triângulos retângulos? Que a hipotenusa é maior que o cateto, isto é, . Porém, como e são inteiros, conseguimos dar algo mais preciso: . Se elevarmos ambos os lados ao quadrado e usarmos que :

Analogamente, . Resta provarmos que e são inteiros. Como , se mostrarmos que é inteiro, também será.

Observe que , de onde segue que . Assim, é inteiro ou irracional. Provaremos que não pode ser irracional. Vamos encontrar uma igualdade que envolva , , e . Se subtrairmos de :

Se fizermos nesta igualdade, obt/eremos

De onde segue que é racional. Logo, é inteiro e assim também é.

Exemplo (Cone Sul 2003)[]

Seja um triângulo acutângulo tal que o ângulo mede . A circunferência de diâmetro intersecta as bissetrizes internas de e nos pontos e respectivamente (, ). A bissetriz interna do ângulo intersecta e nos pontos e , respectivamente. Demonstrar que .

Solução: Vamos nomear algumas medidas do triângulo. Considere e . Suponha sem perda de generalidade que .

Os pontos e ficam dentro ou fora do triângulo? Comecemos vendo isto para representar melhor a figura. Sabemos que ficará no interior do triângulo se . Já sabemos que . Calculemos .

Como pertence a uma circunferência de diâmetro , segue que . Além disso, e assim . Mas seria interessante se tivéssemos em função de , pois queremos comparar com . Para isso, é interessante relacionarmos e . Porém observe que a soma dos ângulos internos de é e assim

Como , segue que e .

Assim

Desta forma, equivale a , o que é verdade. Logo, está no interior do triângulo . Analogamente, está no exterior.

Vamos determinar mais informações na figura para ver se conseguimos encontrar uma estratégia. Sejam o incentro do triângulo e o ponto de encontro entre e .

Observe que , de onde segue que o quadrilátero é inscritível. Com isso, . Mas . Logo, é inscritível, de onde segue que .

ConeSul2003q3

Sabemos que o incentro é equidistante dos lados do triângulo e essa distância é o raio da circunferência inscrita, que chamaremos de . Além disso, é a distância de ao lado .

Vamos traçar a seguinte estratégia: comparar os lados e com .

Podemos começar calculando em função de . Observe que o triângulo é retângulo em e . Além disso, . Desta forma,

E a partir dele, como podemos calcular ? Basta notarmos que . Conseguimos calcular em função de ? Basta olharmos para o triângulo . Já sabemos que . Dá para calcular a medida de algum dos ângulos deste triângulo?

Se conseguirmos calcular , podemos calcular . Mas para calcularmos esse primeiro ângulo, basta calcularmos .

Observe que

Mas . Além disso, como a soma dos ângulos internos do triângulo é , segue que . Desta maneira,

Como a soma dos ângulos internos do triângulo é , segue que , de onde segue que . Desta forma,

Conseguimos encontrar algum outro ângulo do triângulo ? Observe que se é o ponto de encontro entre e , segue que o triângulo é equilátero. Com isso, já que é bissetriz do ângulo , segue que também é altura e desta forma, e assim .

Desta forma, se olharmos no triângulo :

Com isso,

Desta forma, a desigualdade que queríamos mostrar é equivalente a

Observe que esta desigualdade equivale a

Isto é verdade? Para vermos isto, considere um ponto sobre o lado tal que é perpendicular a . Como o incentro é equidistante aos lados, segue que .

Se coincidir com , então . Caso contrário, será um triângulo retângulo com hipotenusa. Como hipotenusa é sempre maior que um cateto, . Desta forma, é verdadeira e assim a igualdade do enunciado também é.

Exemplo (OBM 2011 - 3ª Fase - Nível 3)[]

Mostre que, para todo pentágono convexo de área existem dois triângulos e (em que e ), formados por três vértices consecutivos do pentágono, tais que

.

Solução: Para facilitar a nossa escrita, vamos considerar . Vamos começar provando que existe um triângulo com área maior ou igual a . Para isso, suponha, por absurdo, que as áreas de todos os triângulos são menores do que .

Uma maneira interessante de prosseguirmos é relacionarmos as áreas de outros triângulos formados com . Assim, quem sabem, conseguimos montar uma desigualdade apenas com e chegar a um absurdo. Observe que o valor de parece o resultado de uma equação do segundo grau (lembre-se que os resultados de são da forma ). Como ele aparece em uma desigualdade, parece razoável procurarmos uma inequação do segundo grau envolvendo .

Já que estamos mexendo com várias áreas e talvez seja mais fácil brincar com seguimentos, talvez seja legal lembrarmos daquela ideia: se dois triângulos possuem a mesma altura, então a razão entre suas áreas é igual a razão entre suas bases. Se você quiser conhecer mais sobre essa ideia, pode clicar aqui. Seria mais interessante ainda se conseguíssemos um segmento de forma que pudéssemos compará-lo com áreas de mais de uma maneira.

Consideremos o ponto de intersecção entre as diagonais e .

OBM2011q3n3


Tomemos a razão . Vamos compará-la com áreas de triângulos de duas formas diferentes. Observe que, como e possuem mesma altura relativas a e , podemos dizer que

.

Comparemos as áreas destes triângulos com . Como não temos muitas igualdades, vamos procurar desigualdades. Vamos começar com . Podemos compará-lo com áreas de triângulos de vértices consecutivos (já que estamos supondo que todos eles têm áreas menores do que )? Sim: observe que, como área do pentágono é ,

Vejamos agora se conseguimos comparar com . Observemos que existem dois triângulos de vértices consecutivos que envolvem e : e . Como podemos comparar esses três triângulos? Notemos que eles possuem um lado em comum: . Por isso, parece interessante analisarmos as alturas relativas a .

Observe que se e são paralelos. então as alturas relativas à são iguais e por isso, . Como esses dois últimos são menores do que , segue que a área de será menor do que .

E se e não forem paralelos? Então uma das alturas relativas a ou será maior do que a altura relativa a . Dessa forma, o triângulo terá menor do que um dos triângulos ou que por sua vez têm área menor do que . Portanto, em qualquer um dos dois casos, .

Se voltarmos a ,

Além disso,

Caso você não entenda essa passagem, pode encontrar um exemplo parecido aqui. Repare que é um pouco diferente da fração que já havíamos comparado com (ou seja, ). Mas fique tranquilo, sabemos relacioná-las e por isso podemos mexer com elas. Vamos comparar e com . Sabemos que esse último triângulo tem vértices consecutivos e por isso, sua área é menor do que . Resta mexermos com . Observemos que

Ao voltarmos em ,

Mas para mexermos com , precisamos que nossa fração seja . Ou seja, precisamos mudar a parte debaixo da fração. Para isso, notemos que . Assim

Seria muito legal se conseguíssemos separar essa subtração da parte debaixo. Mas tem um problema: ela só é separável se estiver em cima. Ou seja, seria muito bom se pudéssemos inverter a fração do lado esquerdo da desigualdade. Podemos fazer isso? Sim: desde que invertamos o outro lado e o sinal também:

Mas como queremos falar sobre , basta invertermos novamente os dois lados e o sinal também:

Ao compararmos com ,

Seria legal se nos livrássemos dessas frações. Para nos livrarmos de no denominador, basta multiplicarmos ambos os lados da inequação por . Mas para isso, precisamos ter certeza de que este número é positivo, isto é, . Como , precisamos provar que . Mas isso equivale a dizer que , o que é verdade. Desta forma, realmente podemos multiplicar por e obter:

.

De modo análogo, podemos provar que . Vamos multiplicar ambos os lados da desigualdade por para sumirmos com a fração:

Como as raízes de são e , podemos concluir que

Absurdo. Desta forma, algum dos triângulos do enunciado tem área maior ou igual a . De modo análogo, o outro lado da desigualdade também pode ser provado, bastando inverter as desigualdades.

Exemplo (IMO 1995)[]

Seja um hexágono convexo com e , tal que . Suponha que e sejam pontos no interior do hexágono tais que . Prove que .

Solução: Em problemas que queremos relacionar medidas que não estão próximas assim, uma ideia é usarmos a simetria para transferirmos medidas. Mas simetria em relação a quem? Uma boa opção seria alguma reta que já tem faz um certo papel de eixo de simetria (afinal, ao tomarmos o simétrico, iremos parar em pontos conhecidos).

Vamos descobrir mais informações sobre a figura para procurarmos isso. Sabemos que se um triângulo for isósceles e um de seus ângulos medir , ele automaticamente é equilátero. Desta forma, os triângulos e são equiláteros. Desta forma, funcionará como um eixo de simetria da figura. Em particular, se refletirmos sobre ela obteremos (e vice-versa).

Tomemos e os simétricos de e em relação a . Note que . Agora nosso problema se resume a provar que . E isso parece interessante, pois é mais fácil mexermos com e esses segmentos do que com .

Se conseguirmos relacionar e com e também e com , podemos usar o seguinte: como o menor caminho entre dois pontos é uma reta, vale dizer que .

Existe alguma relação entre e com ? Como , e são simétricos de , e , respectivamente em relação à reta , segue que . Já que , podemos concluir que é inscritível. Se aplicarmos nele o teorema de Ptolomeu,

Porém observe que (pois ) e (pois é um triângulo isósceles com ângulo de ). Se usarmos isso na igualdade que obtermos falando do teorema de Ptolomeu,

Analogamente,

.

Se usarmos as duas últimas igualdades e ,

.

A igualdade vale se, e somente se, , isto é, e pertencem a .

Passe de Lados para Ângulos[]

Como fazer isto? Uma maneira é considerar a propriedade já citada aqui: se for um triângulo, então é maior do que se, e somente se, .

Maiorladoseopoemaiorangulo

Exemplo[]

Prove que dois pontos que estão no interior ou na fronteira de um triângulo possuem distância menor ou igual à medida do maior de seus lados.

Solução: Sejam o triângulo, e os pontos, , , , , e . Vamos dividir em casos:

(i) e pertencem a um mesmo lado (podendo coincidir com os vértices ou não)

Neste caso, o segmento estarão contidos em um mesmo lado e portanto a sua medida é menor que a do lado que ele está contido que por sua vez é menor que a medida do menor lado.

(ii) Um dos pontos coincidem com um vértice e o outro está no lado oposto

Suponha, sem perda de generalidade, que coincide com e . Suponha também, por absurdo, que seja maior que o maior dos lados e assim maior que os três lados. Vamos passar para ângulos. Considere . Se olharmos para os triângulos , como é maior do que , segue que

Além disso, se olharmos para o triângulo , como é maior do que ,

Ao somarmos e ,

Absurdo. Logo, é menor do que o maior dos lados do triângulo.

(iii) e pertencem a lados distintos

Suponha, sem perda de generalidade, que e pertençam a e , respectivamente. Pelo caso anterior, é menor que o maior dos lados de .

Se aplicarmos o mesmo resultado ao triângulo , iremos concluir que é menor que o maior dos lados de . Se esse maior lado for , então será menor que o maior dos lados do triângulo por causa do que acabamos de concluir no parágrafo anterior.

Já se ou for o maior dos lados do triângulo , então será menor do que eles e por sua vez menor que o maior dos lados de .

(iv) Pelo menos um dos pontos está no interior do triângulo

Basta prolongarmos o segmento até que ele intersecte a fronteira. Entraremos em algum dos casos anteriores que será menor do que o maior dos lados do triângulo.

Observação: Esse resultado pode nos ajudar a resolver outros problemas envolvendo desigualdades geométricas. Por exemplo, o que vem a seguir.

Exemplo (IMO 1993)[]

Para três pontos no plano, definimos como o menor comprimento das três alturas do triângulo . (Se os pontos são colineares, definimos .)

Prove que para os pontos no plano

Solução: Se , e são colineares, então e a desigualdade do enunciado é verdadeira (pois para quaisquer pontos ). Agora vamos considerar o triângulo e analisar as possíveis posições de em relação a ele.

(i) está no interior do triângulo ou na sua fronteira

A primeira coisa que é estranha aqui é a seguinte: como vamos mexer com a menor altura de um triângulo? Parece trabalhoso. Que tal então relacionar essa informação com coisas mais fáceis de se trabalhar. Sabemos que alturas de triângulos têm a ver com áreas. Vamos mexer com isso então. Observe que para triângulos

.

Imagine uma área fixa. Quando diminuímos a altura (sem mudar a área), a base aumenta. Se a altura for mínima, então a base deve ser máxima. Vamos considerar a medida do maior lado do triângulo . Então

Agora sim conseguimos escrever o lado direito da desigualdade do enunciado em termos de coisas que são mais fáceis de trabalhar. De fato,

Por mais que os objetos que temos sejam mais fáceis de trabalhar, essa conta parece um pouco mais chata: de fato, as partes debaixo das frações são diferentes e isso parece trabalhoso. Seriam legal se todas elas fossem iguais. Como podemos fazer isso? Lembre-se que queremos provar a desigualdade do enunciado e por isso vale a pena fazermos aparecer coisas sobre o triângulo . Por isso, vamos comparar as expressões debaixo das frações com .

Para quaisquer dois pontos no interior ou na fronteira do triângulo , a distância entre eles será menor ou igual ao maior lado do triângulo. Em particular, o maior lado de , e será menor ou igual ao maior lado de . Em símbolos, , e serão menores ou iguais a . Desta forma, se voltarmos a e usarmos essa última descoberta:

(ii) está fora do triângulo , mas no interior do ângulo

Uma ideia aqui seria forçar o caso anterior aparecer. Considere o ponto de encontro entre e . Como está na fronteira do triângulo , pelo caso anterior,

Se provarmos que

o segundo caso estará resolvido (afinal, basta somarmos elas). Esta última igualdade é verdadeira, pois , e são colineares e assim . Resta provarmos e .

Essas duas desigualdades ficam provadas se mostrarmos o seguinte: dados um triângulo e um ponto sobre o lado , então . Como podemos fazer isso? Observe que e . Uma maneira de mexermos com áreas é pensarmos nas suas razões. Será que razões nos ajudam a mostrar que a desigualdade que queremos é válida? Sim: basta provarmos que . Observe que

Como e possuem mesma altura em relação a , segue que . Daí

Agora como vamos mexer com ? Conseguiríamos falar sobre eles fossem semelhantes. Que tal fazermos uma semelhança aparecer. Tudo bem se for com um triângulo que possui um menor ou igual (afinal, queremos falar que essa expressão é menor ou igual a ). Tomemos um ponto sobre de forma que seja paralelo a . Assim os triângulos e são semelhantes e podemos falar sobre .

Mas existe alguma relação entre e ? Sim: . Daí

Como e são semelhantes e a razão de semelhança é , segue que . Assim,

Daí e o segundo caso fica provado.

E agora, já provamos todos os casos? Não.

IMO1993Q4

No primeiro caso, provamos quando está na região azul (ou na fronteira do triângulo). Já no segundo caso, provamos quando está na região vermelha (afinal, os casos em que está fora do triângulo mas no interior dos ângulos e são análogos). Resta provarmos o caso em que está na região branca.

(iii) está dentro do ângulo oposto de

Em outras palavras, considere os pontos e sobre as retas e , respectivamente, de forma que está entre e e entre e . O ponto estará no interior do ângulo .

Podemos usar algum caso anterior aqui? Sim: como está no interior do triângulo , segue que . Daí, como e são maiores ou iguais a zero, segue que

Exemplo (IMO 2003)[]

Um hexágono convexo possui a propriedade que para qualquer par de lados opostos a distância entre seus pontos médios é vezes a soma dos seus comprimentos. Mostre que todos os ângulos do hexágono são iguais.

(Observação: Quando o enunciado diz "a soma dos seus comprimentos" ele se refere somente aos lados cujos pontos médios foram considerados.)

Solução: Seja o hexágono. Devemos provar que todos os seus ângulos medem . Repare que multiplicar por nos lembra triângulos equiláteros (afinal a altura de um triângulo equilátero é o produto do lado por . Mas encontrar triângulos equiláteros na figura nos ajuda? Sim. Considere o ponto de intersecção entre e , além de o ponto de intersecção entre e , enquanto será o ponto de encontro entre e .

Se provarmos, por exemplo, que os triângulos e são equiláteros, conseguiremos provar que (de fato, iremos ter ). E de modo análogo, os outros ângulos do hexágono serão e o problema estará resolvido.

Sejam e pontos médios de e , respectivamente. Queremos falar sobre algo que envolve . Mas observe que

Mas a parte interessante aqui é que e são medianas dos triângulos e , respectivamente. E nos nossos planos está a ideia de mostrar que um desses triângulos é equilátero. Que tal então falarmos sobre medianas de triângulos equiláteros?

É interessante falar que e sejam menores ou iguais a algo (afinal se mostrássemos que esses dois são maiores do que algo, não conseguiríamos combinar com a última desigualdade). Observe que as essas medianas diminuem se o ângulo em aumenta. Como queremos comparar com ângulo de , faz sentido suspeitar se um ângulo é maior ou igual a , então a mediana é menor ou igual a multiplicado por um lado.

Em outras palavras, considere um ângulo com medida maior ou igual a e o ponto médio de . Vamos provar que a mediana é menor ou igual a (com a igualdade valendo se, e somente se, é um triângulo equilátero). Como essa última expressão lembra a altura de um triângulo equilátero, vale a pena considerarmos um ponto tal que seja um triângulo equilátero e e estejam do mesmo lado em relação à reta .

Como a altura é , é suficiente mostrarmos que . Como usar que tem medida maior ou igual a ? Um jeito é entender que isso acontece se, e somente se, é na circunferência ou no seu interior. Vamos analisar cada caso separadamente.

(i) está na circunferência

Se quisermos mostrar que , podemos passar para ângulos. Assim, é suficiente vermos que . Já que estamos com uma circunferência, vamos mexer com seu centro. Chamaremos ele de . Com isso, ganhamos que . Ganhamos também que passa por (já que é mediatriz de ).

Será que podemos comparar o que temos com o que queremos provar? Sim, observe que

E quando vale a igualdade? Repare que o único momento que fizemos a desigualdade é . Isso ocorre se, e somente se, , e são colineares. Mas essa afirmação equivale a dizer que e coincidem.

(ii) está no interior da circunferência

Se estiver no interior de , prolongue por até encontrar a circunferência em . Observe que . Pelo caso anterior, . Desta forma, .

Portanto, em qualquer caso, e a igualdade vale se, e somente se, e coincidem. Ou seja, se é maior ou igual a , então e a igualdade vale se, e somente se, é um triângulo equilátero.

Com essa ideia, suponha, por absurdo, que seja maior do que . Consequentemente também será. Pela ideia que acabamos de provar,

.

Desta forma, se combinarmos o enunciado com essas últimas desigualdades,

Isso é um absurdo. Logo e devem possuir medidas menores ou iguais a . Analogamente, e possuem medidas menores ou iguais a . Vamos focar agora no triângulo . As medidas dos seus ângulos devem ser menores ou iguais a , mas a sua soma é igual a . Não podemos ter nenhum deles menor do que , pois aí a soma não seria . Desta forma, todos os ângulos de medem .

Vamos observar ainda nossa última desigualdade obtida:

Não podemos ter e nem , pois senão o lado direito da desigualdade seria menor do que o que nos daria um absurdo. Logo e . Mas vimos na prova de que que a igualdade vale se, e somente se, é um triângulo equilátero. Portanto, e são triângulos equiláteros.

Analogamente, , , e são equiláteros, o que prova que todos os ângulos de são iguais.

Trigonometria Pode Ajudar[]

Você pode saber mais sobre trigonometria aqui.

Exemplo (IMO 2001)[]

Seja um triângulo acutângulo de circuncentro . Considere em o pé da altura relativa a .

Suponha que .

Prove que .

Solução: Considere , e . Queremos relacionar e em uma desigualdade. O problema é que eles estão separados. Seria legal se conseguíssemos aproximar essas medidas ou ainda colocá-las em um mesmo triângulo. Vamos calcular outras medidas em função de .

Como é o circuncentro, segue que . Além disso, se usarmos que , poderemos concluir que . Agora observe o triângulo . Temos nele as medidas , e . De fato, observe que

Desta forma, para mostrarmos a desigualdade do enunciado, é suficiente vermos que .

Note que no triângulo existe um personagem especial: que é um circunraio. E qual a vantagem disso? É que podemos falar sobre ele usando a Lei dos Senos. Seria legal se a desigualdade que queremos provar tivesse . Vamos encontrar uma desigualdade que envolva que se for demonstrada, nos dará que .

Pela Desigualdade Triangular em ,

Se tivermos que o é maior do que certa coisa (quer dizer ), podemos colocá-la no lado esquerdo da nossa igualdade e obter

Ou seja, iremos obter . Será que existe algo interessante para colocarmos no lugar da "coisa" e obtermos ? Observe que a penúltima desigualdade pode ser escrita como . Seria legal se tivéssemos . Ou seja, basta tomarmos .

Em outras palavras se tivermos , teremos mostrado que e o problema estará encerrado (observe que provar que também resolve o problema).

Como calcular envolvendo trigonometria? Como ele é o circunrario, pela Lei dos Senos (se considerarmos , e ),

Agora a questão que fica é: qual dos valores devemos usar (, ou )? Que tal explorarmos usando trigonometria? Observe que o triângulo é retângulo e por isso . Desta forma, vale considerarmos . Desta forma, a desigualdade que queremos provar (ou seja ) pode ser reescrita como

Repare que ainda não usamos que e que a desigualdade que queremos provar (ou seja ) possui justamente e . Seria legal usar essa desigualdade que não usamos na expressão . Para isso, é legal usarmos uma expressão em que ou apareçam sozinhos no lado esquerdo da desigualdade. Vamos reescrever a desigualdade do enunciado como . Desta forma,

Como , segue que

Desta forma, é verdadeira e portanto também é, o que resolve o problema.

Desigualdades Para Mostrar Igualdades[]

Uma das maneiras de mostrarmos que é fazermos o seguinte: supormos que e chegar a um absurdo e depois supor que e chegar a um absurdo.

Exemplo (IMO 2007)[]

Considere cinco pontos , , , e tais que seja um paralelogramo e seja um quadrilátero cíclico. Seja uma reta passando por . Suponha que intersecta o interior do segmento em e intersecta em . Suponha também que . Prove que é bissetriz do ângulo .

Solução: Vamos usar o método da análise e da síntese aqui, ou seja, imaginaremos o problema resolvido, isto é, sendo a bissetriz de . Quais informações conseguimos a partir disso? Considere . Como é paralelo a , podemos dizer que . Além disso, como e são paralelos, segue que . Desta forma, , ou seja, .

Como uma igualdade entre lados parece algo razoável para se mostrar, vamos focar em mostrá-la para resolver o problema. Repare que se mostrarmos essa igualdade, o problema estará resolvido, afinal se , então e . Vamos então focar em provar .

Façamos o seguinte: suponhamos que . Vejamos se chegamos a um absurdo. Para isso, vale a pena conectar e com outros segmentos. Como e são paralelos, segue que e . Desta forma, e são semelhantes pelo caso . Desta forma,

Como , segue que o lado esquerdo da igualdade é maior do que . Logo o mesmo vale para o lado direito da igualdade. Com isso, . Ao vermos o raciocínio que acabamos de fazer, apareceu um negócio interessante: parece que semelhanças funcionam bem para transferirmos desigualdades de alguns lados para outros. Afinal, conseguimos sair de e chegarmos em . A questão aqui é: será que conseguimos outra semelhança para transferirmos essas desigualdades?

Aliás, será que conseguimos outra semelhança com e ? Parece que não. Mas, como é um paralelogramo, segue que . Com isso . Será que conseguimos uma semelhança com esses dois lados? Repare que ainda não usamos algumas informações do enunciado. Por exemplo, não usamos que é um quadrilátero inscritível. Será que é uma boa usarmos aqui? Observe que, dentre os segmentos que queremos mexer, é um lado desse quadrilátero e está contido em uma das diagonais. Então parece propício usarmos aqui.

Observe que . Já que semelhanças ajudam a transferir desigualdades, e temos ângulos de mesma medida próximos a e (que conseguimos relacionar), vale a pena forçarmos uma semelhança. Infelizmente e não são semelhantes. Para produzirmos uma semelhança, precisamos de outros dois ângulos de mesma medida. Uma ideia seria tomarmos pontos e sobre e , respectivamente tais que . Só que ao fazermos isso, teremos uma semelhança entre e . Assim precisamos "ter controle" sobre e .

Quais pontos e devemos escolher? Quando travamos em um problema, uma coisa interessante a se perguntar é: existe algo que ainda não usamos? Aqui sim: , ou seja, os triângulos e são isósceles. Neste tipo de triângulo existe um triângulo especial que pode nos dar boas propriedades: a altura (que coincide com a mediana). Por isso, vale a pena tomarmos e de modo que que e sejam alturas dos triângulos e .

Conseguimos então forçar uma semelhança entre e . Por causa dela,

Queríamos uma semelhança que envolvesse e (para usarmos sobre ). Observe que

Será que conseguimos relacionar com ? Observe que, como e são alturas de triângulos isósceles (e portanto são medianas), segue que e . Como , segue que . Daí, ao somarmos com , teremos . Se combinarmos isso com , podemos concluir que .

Conseguimos relacionar essas duas últimas medidas de outra maneira? Observe que se usarmos, nessa ordem, o teorema de Pitágoras em , que , que e o teorema de Pitágoras no triângulo :

Isso contradiz a última desigualdade. Portanto, não podemos ter . E quanto ao caso em que ? Ele será análogo. Desta forma, será verdadeira.

E se Não Tiver Geometria?[]

Em certos você mesmo pode colocá-la.

Exemplo (OBM 2001 - 3ª Fase - Nível 3)[]

Prove que para quaisquer números reais positivos e .

Solução: Um caso em que aparece, na geometria, uma raiz quadrada do produto de quatro valores é na fórmula de Heron. E um momento que aparecem , , e , onde e (além da fórmula de Heron) são lados de um triângulo e o seu semiperímetro é quando falamos dos pontos de tangência do incírculo de um triângulo (você pode ver mais sobre na seção Circunferências Inscritas desta página).

Consideremos então um triângulo e e os pontos de tangência do incírculo em relação aos lados e , respectivamente. Tomemos , e . Desta forma, o semiperímetro da figura será e pela fórmula de Heron,

Ótimo, já conseguimos fazer aparecer um pedaço do lado direito da desigualdade. Dá para encontrarmos a área do triângulo em função ? Sim. Observemos que

Como , segue que

Por ,

Desigualdade das Médias[]

Você pode saber mais sobre ela aqui.

Exemplo (IMO 1996)[]

Seja um hexágono convexo tal que é paralelo a , é paralelo a , e é paralelo a . Sejam também os circunraios dos triângulos , respectivamente, e denote por o perímetro do hexágono. Prove que

Solução: Como podemos colocar , e nas nossas contas? Um lugar em que eles aparecem é na Lei dos Senos. Vamos começar usando essa ideia no triângulo . A questão é: qual lado e qual ângulo pegar? Parece valer mais a pena pegar e , pois esse é o único ângulo do hexágono que aparece inteiro. Pela Lei dos Senos,

.

Pelo mesmo argumento

.

Agora a nossa desigualdade vai envolver senos. De fato, a desigualdade que queremos provar é equivalente a

A questão é: como fazer senos aparecerem de outra forma? Uma maneira é se tivermos ângulos de . Mas não temos isso na figura. Tudo bem: se não estiver do jeito que a gente quer, podemos forçar.

Considere e sobre às retas e , respectivamente, de forma que passe por e seja perpendicular às retas e (se ficar estranho para você essa construção, pense em e como as projeções de sobre e , respectivamente). Da mesma forma, tome e sobre as retas e , respectivamente, de forma que passe por e seja perpendicular às retas e (ou se você preferir, e são as projeções de sobre e , respectivamente).

Agora sim conseguimos ângulos de . E como envolver isso em desigualdades? Note que (para ver isso tome na reta tal que é perpendicular a e observe que ) e que podemos calcular envolvendo senos e os lados do hexágono. Acontece que se fizermos essa ideia também para e e depois somarmos, não vamos conseguimos boas desigualdades. Por isso, vale a pena considerarmos também que . Assim

Considere as medidas de , respectivamente. Repare que

Só que ao mexermos com os senos dos ângulos, aparecerão seis valores, o que pode ser muito. Mas lembre-se: ainda não usarmos que é paralelo a , é paralelo a , e é paralelo a . Daqui segue que , e . Podemos usar então somente os ângulos (já que são eles que aparecem em ).

Observe que no triângulo :

Analogamente e com isso . Pelo mesmo raciocínio, . Daí

Podemos calcular de modo análogo que

Agora sim podemos conseguir o lado esquerdo de ,

Ora, dentro dos parênteses tem algo interessante: soma de coisas que se fossem multiplicadas seria mais bonitas. Quem nos ajuda com isso é a Desigualdade das Médias. De fato,

Desta forma,

Com isso, fica provada. A igualdade vale se, e somente se, o hexágono é regular.

Lugares Para Estudar[]

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